Portugal deve sair pela "positiva" do ajustamento

O porta-voz do CDS, João Almeida, defende que Portugal deve sair pela "positiva" do programa de ajustamento e ser um "exemplo" para a Europa.
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João Almeida comentava assim, à margem de uma ação de campanha autárquica em Vila Real, as declarações do presidente do Banco Central Europeu, Mário Draghi, segundo as quais é "essencial" para o nosso país "manter os esforços de consolidação orçamental" e não pensar agora no alargamento das metas do défice.

Para o vice-presidente do grupo parlamentar centrista, a flexibilização da meta do défice deve ser vista "não como um passo atrás, nem como um relaxamento no cumprimento do programa de ajustamento, mas sim como um incentivo a que aquilo que são bons sinais do ponto de vista económico sejam potenciados no sentido de nos permitir sair do programa pela via positiva".

João Almeida distingue dois caminhos para conseguir sair do programa de ajustamento: um "muito mais viável, mais favorável para as pessoas, para as empresas, para a criação de emprego e para a economia e que passa por adaptar as metas orçamentais para que, com crescimento económico, consigamos chegar aos nossos objetivos"; outro que passa por insistir "em continuar apenas numa lógica de compressão, sem libertar a economia", do seu ponto de vista "um dificil" e que duvida que o objetivo "seja conseguido por aí".

Ou seja, sublinha "está em causa por que caminho vamos. Se ainda pelo caminho de cortes em cima daqueles que já estão, porque há cortes que são inevitáveis e já foram acordados no passado, ou se percebendo que, finalmente a economia dá sinais positivos e se dermos força a esses sinais nós chegamos ao mesmo sítio por um caminho virtuoso".

Para o CDS, sublinha este dirigente centrista, "Portugal deve bater-se - e os nossos parceiros devem ser sensíveis - a uma saída pela positiva. E até achamos que esse é o melhor exemplo que se pode dar do ponto de vista europeu. A Europa está com uma imagem negativa pela forma com lida com os seus problemas e era muito importante que Portugal fosse o exemplo de uma saída de um programa de ajustamento pela positiva. De um país que conseguiu, apesar de todos o sacrifícios, ter um trimestre de crescimento económico e ter uma recuperação de emprego e que a seguir, em vez de esmagar, potenciou essa recuperação. Seria o melhor exemplo, não só para Portugal, mas para toda a Europa".

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